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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Kamile por ela mesma

Uivos e pingos vindos da boca de uma fonte de bambu, no meio do jardim. As penas que penduro sobre as tranças em meu cabelo se movimentam para lá e para cá, na brisa sadia que me vem ao rosto, à essa hora da madrugada.
Não sei dizer como me sinto agora, que o feitiço virou contra eu mesma, a feiticeira. Posso, sim, dizer que me parece um tanto inédito. Uma dor que vem supostamente do timo, se apoia em minha vivência. Senti falta de incógnitas como esta.
Cidade pequena, 100.mil habitantes. Renato Russo que tanto dizia de Planaltina, Nando Reis no bairro das Laranjeiras, o que nos lembra de seu all star azul, e meu preto, de cano alto. Só não afirmo os 12 andares, há 3 a mais para subir. 15. Sempre 15.
Toda vez que olho para cima, posso te ouvir contando histórias. Aqui o céu é aberto, há estrelas acima de mim. Há gatos no telhados. Tremo quando deixo de me imaginar sozinha, mesmo distante.
Entre a brisa, vejo vultos. O filtro dos sonhos balança seguindo o ritmo da madrugada. No quintal, jazem lembranças. Das gargalhadas reprimidas aos flashes de liberdade. Se nem a minha ressaca moral me enriquece, quem dirá a de quem se acostumou? Expectativas.
Expectativas, essas, que, após decepções, se tornaram camufladas, em meio às conformidades e surpresas planejadas. Tudo novo, com cara de usado. Terra nas rodas do fusca, pôr-do-sol na vista de quem é clandestino. Fantasia.
Uma ficção em mãos, tão boa quanto a realidade na ponta dos dedos.  Reconhecimento daquilo que se nega, por medo dele que já tem sua face desmascarada. Amor? “Antes de casar, sara.”
Suspiros, tragos. Falta de fixação, excesso de frieza e tremor interno. Alguém ainda sabe dizer do limite à risca? Café sem açúcar não é suspeito da minha amargura.
A inocência daqui camufla a seriedade das nossas escolhas, mudanças, perdas que não se calculam, porém, são estudadas, mas não entendidas.
Fins de conversa repentinos podem soar desleixo, todavia satisfação controversa. Sonhos embaçados aos flashes de nossa fantasia inconsciente, momentos de reflexão no ápice da adrenalina interna. Quem dirá que não és originalmente alheio? Ficam às moscas, aos uivos e ao desmancho da ideia tragada e enviada ao universo.
Observar e deduzir, fingir entender e surpreender, de nós a nós mesmas.
Uivos e miados soam como trilha sonora, porém, solitária.
Café frio, inquietação, tranquilidade e calor. Internos, controversos. Misteriosos, até então. Com as horas calculadas e a presença confirmada, a satisfação.
Anjos da noite e pequenos zumbis a despertar, lugares a desvendar, saudades a enterrar. Logo.
Por Kamile Capone, em terras Goianas

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